Defenders of the Earth - Commodore Amiga

 

Quem cresceu nos anos 80/90 foi privilegiado em muitas coisas, como a época áurea dos videogames, programas bacanas e desenhos muito melhores do que as porcarias de hoje e dia ( alguém aí assiste Ben 10???).
Muitos destes desenhos viraram jogos, e é sobre um dos meus favoritos da época que falarei hoje : os Defensores da Terra!

O desenho era uma espécie de Liga da Justiça formada por heróis clássicos da editora King Features : Flash Gordon, Mandrake, Lothar e o mais foda de todos, o Fantasma.
Com a ajuda de seus filhos, estes herois combatiam Ming, o impiedoso, no ano de 2015. E o desenho era muito bacana. Daí pra ganhar um jogo foi um pulo...

O jogo, que saiu para o Amiga e outros computadores da época como o MSX, é no classicaço estilo run'n gun, nos moldes de Contra, em que jogamos na pele de Flash Gordon através da fortaleza de Ming para resgatar os filhos dos defensores, como era comum na época.

A variável que o difere de outros jogos no estilo é que durante as fases aparecem alguns obstáculos, como portas trancadas, barreiras elétricas e abismos, cada um podendo ser ultrapassado com a ajuda de um defensor acionado com a barra Espaço. Fantasma e Lothar abrem portas, Mandrake cria pontes e um bicho azul ( deve ser o mascote, todo mundo tinha um na época...) abre as barreiras.

Os gráficos são bons, mas pra época poderiam ser melhores. A repetição de cenários é muito grande, tudo no estilo castelo medieval, na forma de um grande labirinto a ser explorado, mas sempre de forma horizontal, sem platafiormas. Os inimigos também se repetem muito, variando mais nos chefes, que são bem desenhados e alguns de tamanho bem generoso na tela.

Os sons são um ponto fraco do jogo : enquanto os barulhos das armas tem um bom efeito, a música é péssima pelo simples motivo de não existir ! Apenas o tema do desenho toca na abertura !
Aliás, a falta de músicas parece ser uma constante nos jogos do Amiga...

O jogo é bastante difícil, com inimigos velozes que atacam de todos os lados. Encontrar power ups é essencial, pois a arma inicial é muito fraca e chegar em algum chefe com ela é morte certa. Repositores de energia são tão essenciais quanto raros, exigindo do jogador muita habilidade. A jogabilidade é boa, apesar do pulo ser no direcional, o que acho um crime neste tipo de jogo, mas dá pra se acostumar.

Apesar de alta dificuldade e de certa repetição, o jogo é divertido, ainda mais para jogadores que gostam de um bom desafio. Um bom jogo que merece ser descoberto na vasta biblioteca do Amiga.


Mas... porra !!!! Eu queria jogar era com o Fantasma!!!!!!!!!!!!!!!!

Nota Final : 7,0